segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Tensão baixa... sofrimento!

   A tarde foi passando e para não incomodar a Bea, todos nós falamos baixinho. Entretanto, chegou o lanche, contudo a Bea não deu por esta refeição, pois dormia, dormia... As visitas deixaram o quarto, a Bea "continuava" desligada" do real.
   À medida que as horas iam avançando, verificamos que cada vez mais os sonos eram ininterruptos e a cor facial da Bea estava a mudar. Estava branca, um tom avermelhado dos lados do nariz e, às vezes, parecia que tinha a cara inchada. Os enfermeiros, como sempre, foram incansáveis e vinham ver como é que ela estava. A tensão começou a apresentar valores muito baixos - 7/4, 6/4 - e ela continuava a dormir... Esta situação começou a deixar-nos muito preocupados, o que é que se estava a passar?! Entretanto, começou a vir ao quarto o médico de serviço para ver como é que ela estava. Foi-nos, então, dito que a medicação estava a ser reajustada e que na epidural que a Bea ainda tinha, continuava a correr um preparado que continha morfina. Ela precisava de morfina para poder aguentar as dores...
   Estes momentos foram muito difíceis para nós, sentíamo-nos impotentes pois tínhamos que aceitar o que nos era dito e confiar que todos sabiam o que estavam a fazer. No entanto, contemplar a Bea naquela cama, com uma carinha que já não correspondia àquela que nós estávamos habituados, muito parada... Ainda hoje dói, e muito, relembrar estes momentos!
   Num dos lados da sua cama, estavam pendurados dois "recipientes": um que recebia os restos da cirurgia e o outro para onde seguia a urina proveniente da algália que tinham colocado na Bea, na sala de operações. Contemplar estes líquidos também não foi nada fácil, era demasiado material ligado à Bea: drenos, tubos, agulhas, máquinas, ...
   Fiquem, agora, com mais uma fotografia...


Sem comentários:

Enviar um comentário