sábado, 13 de fevereiro de 2016

Escoliose pós cirurgia - Bea cresceu...

  Ainda antes de dormir, a Bea teve de passar por outra aventura. Ela continuava a queixar-se que a algália lhe provocava dores e, agora, também sentia a bexiga cheia e, por isso, vontade de urinar.  Eu dizia-lhe que isso não podia ser, se estava com algália, a urina saía sem ela dar por isso. A Bea manteve a sua versão e disse isso mesmo a um dos médicos que lá foi vê-la. A Enfermeira averiguou a situação, ou melhor, testou se realmente a urina estava a sair ou não. E isto porque, entretanto, eu controlei o volume da urina no saco e, passadas algumas horas, confirmei que o volume continuava o mesmo e a Bea a dizer que estava com muita vontade de urinar. Queixou-se um bocadinho do teste que a enfermeira teve de realizar, mas lá passou. A urina começou a correr fluidamente e a sensação de desconforto que ela dizia sentir, passou. De qualquer forma, continuava a dizer que a algália lhe doía.
   Logo nas primeiras horas da manhã do dia vinte, o pai da Bea juntou-se a nós para, todos juntos, passarmos mais uma odisseia. A noite, para ele, também tinha sido complicada, sozinho, em casa, sem nós. Por volta das doze horas e vinte minutos, fui almoçar. Como não conseguia estar muito tempo longe da Bea, depressa despachei a minha refeição. Estando eu já a caminho do quarto, recebo uma mensagem do meu marido a dizer que o doutor estava  junto deles, e que a Bea ia realizar a grande aventura daquele dia, senão mesmo, a grande aventura dos últimos tempos: ia levantar-se. Eu já estava mesmo na entrada que dava acesso ao quarto, foi uma questão de segundos. Nem imaginam a minha alegria quando, ao abrir a porta, me deparo com a imagem mais linda, encantadora dos últimos tempos, a minha filha estava sentada na cama para, de seguida, crescer!!! É isto mesmo, literalmente, a Beatriz levantou-se e cresceu...




  

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