A manhã também passou muito vagarosamente, mas ter a Bea já na posse das suas faculdades foi maravilhoso. Já tinha tomado consciência que a cirurgia já estava feita e que tinha acordado bem. Teve necessidade de satisfazer a sua curiosidade relativamente a tudo o que aconteceu enquanto dormia. Tive de lhe contar tudo até ao mais ínfimo pormenor. Quando lhe disse que ela parecia ter-nos reconhecido junto de si, na noite anterior, ela riu-se e referiu não se lembrar de absolutamente nada. Quando lhe descrevi o penteado que lhe tinham feito, voltou a sorrir.
Apesar de tudo, ela estava com bom aspeto, com um ar sereno e tranquilo. A minha pequenina, por agora, estava bem. As enfermeiras continuavam a vigiar todos os valores que as máquinas ditavam, iam introduzindo medicamentos no soro, tudo para a Bea não ter dores e acautelar complicações futuras.
A manhã foi passando, até que chegou o pai da Bea. Foi imensa a sua alegria quando a viu acordada e relativamente bem disposta. E ela também ficou muito contente ao vê-lo. Aproveitei a presença do meu marido, para ir até ao quarto tomar banho e mudar de roupa (estava ainda salpicada do líquido verde que a Bea tinha vomitado). Passei, ainda, pelo Bar para comer qualquer coisa para conseguir aguentar o que ainda estava pela frente...
Novamente juntos, a Bea contou-nos tudo o que se tinha passado no Bloco Operatório até ao momento em que adormeceu. Este relato vai ser escrito pela Bea...
Sem comentários:
Enviar um comentário