domingo, 14 de fevereiro de 2016

E cresceu...

   Nós, pais, não tínhamos palavras para descrever aquilo que tínhamos diante dos nossos olhos, era como se a Beatriz nascesse de novo! Aquela cama, finalmente, libertou-a e essa libertação só foi possível mediante a intervenção daquelas mãos milagrosas do médico que estava a tratar a Bea. Naquele momento, nós não pudemos fazer nada, apenas contemplar aquela maravilha! O doutor fez tudo e, quando segurou as mãos da Bea para a ajudar a levantar, o milagre concretizou-se: lentamente ela levantou-se e foi crescendo, crescendo...
   É verdade, lembro-me de ter proferido o seguinte:
   - Bea, para lá de crescer! Daqui a nada estás mais alta do que eu...
   Ela estava mais alta e o facto de não a ver em pé já quase há dois dias, fez parecer que ela estava ainda mais alta... Mesmo estando ainda presa às máquinas, às agulhas - entretanto, o doutor já lhe tinha tirado o dreno e o enfermeiro a algália - a minha pequenina tinha acabado de fazer um pequeno voo e... estava ESTICADINHA!
   Não é por acaso que volto a escrever este vocábulo, agora em maiúsculas... Se bem se lembram, foi esta palavra que o doutor empregou para nos dizer como é que estava a Bea depois de ele a ter operado... É, certamente, uma palavra que ficará para sempre guardada no nosso coração!!!
   No entanto, a tensão continuava baixa...

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