quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Pós operatório - primeira conversa com o Médico.

   Ao ouvirmos o nome da nossa filha, tudo parou, até mesmo o relógio... Foi uma sensação muito estranha, continuávamos a acreditar que tudo tinha corrido bem e que a Beatriz estaria muito bem. Mas, bem lá no fundo, pairava aquela dúvida, aquele receio de que algo poderia ter corrido menos bem... Sim, menos bem, apenas, porque a nossa filha estar bem, tinha de estar!!!
   Anestesiados, rapidamente ultrapassamos aquela porta e fomos recebidos pelo Doutor, que tinha acabado de operar a Beatriz. O seu semblante era por demais revelador que tudo tinha corrido bem e que ela estava, efetivamente, bem. O nosso coração sossegou, no entanto, os batimentos continuavam acelerados porque estávamos a ouvir falar da Bea, mas não estávamos a vê-la. Ou seja, o tormento ainda não terminara...
    - Tudo correu bem, a Beatriz está bem, acabei de a deixar, estão agora a prepará-la para a trazer para os Cuidados Intensivos. A Beatriz já está toda ESTICADINHA. - disse o Doutor.
   Achei delicioso o vocábulo que o doutor usou para definir o novo estado da nossa filha - "esticadinha". E era isto mesmo que todos nós queríamos, isto é, que aquela coluna que cresceu torta ficasse direita, esticada...
   As nossas preces tinham sido ouvidas e, mesmo ainda não estando junto da Beatriz, conseguimos, por momentos, sossegar um pouco os nossos corações... Ficamos muito emocionados, agradecemos ao doutor e juntamo-nos, novamente, a uns Amigos que nos tinham feito companhia naquelas longas e dolorosas horas de angústia e de espera. Contamos as novidades e ficamos felizes! Depois, por telefone, contamos as novidades a familiares e amigos que, em casa, sabíamos, estavam a torcer pela Beatriz.
   Próxima etapa: ver, tocar na Bea!

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