Olá!
Tal como prometido, aqui estou eu outra vez para contar mais um episódio da minha história. Após a primeira consulta, a tristeza, o sofrimento e a revolta instalaram-se no coração dos meus pais. Evitavam ao máximo manifestar o que sentiam quando eu estava por perto, mas eu, como sou muito curiosa, estava sempre a perguntar sobre o que é que eles estavam a falar. Uma das questões mais frequentes era "Mas como é que pode estar assim?..." E, desde então, passaram a perguntar-me se eu tinha dores, ao que eu respondia - "Não!" Pode parecer estranho, mas era verdade, eu não tinha dores apesar de ter aquela curvatura na coluna.
No meu dia a dia, os meus pais passaram a aconselhar-me e a pedir-me para andar direita, mas rapidamente perceberam que aquela minha forma de andar, com o ombro direito mais alto do que o esquerdo, era natural, a minha postura era aquela.
Entretanto começou o ano letivo 2014/15, iniciei o sexto ano e começou também a minha época desportiva, agora como Infantil B e com um novo treinador. Estava determinada a dar o meu melhor na escola e na piscina e não seria o meu problema de saúde que me iria impedir de continuar a ser boa naquilo que fazia: tirar boas notas na escola e melhorar os meus tempos na natação. Olhando para trás, reconheço que naquela altura ainda não tinha interiorizado que tinha um sério e grave problema de saúde, também tinha acabado de fazer onze anos...
A próxima consulta seria no dia um de novembro de 2014 e, nesse dia, faria outro RX para ver a evolução, ou não, da curvatura. Entretanto, os meus pais passaram muito do seu pouco tempo livre a procurar e a ler na net tudo o que encontravam sobre Escoliose...
Continua...
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