E ainda antes do dia de Natal, dezassete de dezembro de 2016, lá fui eu a mais uma consulta, na esperança de ouvir da boca do doutor que já podia nadar completamente à vontade. Os meus pais pediram-me calma e que não metesse na cabeça que eu iria ouvir aquilo que estava ansiosa para ouvir.
Tal como aconteceu nas consultas anteriores, antes fui tirar novo raio-x e, já na consulta, o Doutor disse que estava tudo bem com a coluna, que tudo estava a evoluir muito bem. Isto deixou-me super feliz, e por momentos nem pensei na natação. Apesar de querer muito nadar como nadava, eu sei que primeiro tenho de ter a minha coluna direita e estável. Só ela me permitirá fazer uma vida normal... Normal dentro do que é esperado de uma coluna deste tipo.
Pois bem, nesta consulta, fiquei a saber que não poderei nadar mais o estilo mariposa (neste estilo os braços são levantados simultaneamente para a frente enquanto se dá impulso com as pernas, movimentando-as juntas para cima e para baixo). Ora ali estava a minha primeira grande derrota. Este impedimento iria fazer com que eu não pudesse voltar a nadar, por exemplo, 200m estilos, e que eu gostava muito de nadar...
Era um aspeto negativo, mas como tive de aprender com todo este processo que tem envolvido a minha escoliose, tinha de retirar dos aspetos positivos o encorajamento necessário para continuar a minha vida. Não podia nadar 200m estilos, contudo podia nadar o resto. Mesmo assim, fiquei triste, aliás, muito triste!!!
As viragens continuava a não poder fazê-las e o salto também teria de ficar para depois...
E a minha caminhada rumo à vida que eu antes tinha iria continuar um passinho de cada vez...
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