Vou agora contar-vos um episódio que me aconteceu numa das minhas primeiras idas ao treino. Já tinha feito o meu treino e estava no balneário, depois do banho. Estava a limpar-me e vi que uma mãe de uma das meninas mais pequenas que frequenta as aulas de natação, não tirava os olhos de mim, mais propriamente das minhas costas. Não estranhem estar uma mãe no balneário, quando eu era mais pequena, a minha mãe entrava sempre comigo para me ajudar a despir e a vestir o fato de banho, assistia depois ao treino e, no fim, voltava a entrar no balneário para me ajudar a arranjar. Claro que isto aconteceu quando eu era mesmo pequena, não esqueçam que eu iniciei muito cedo a minha prática desportiva. Mas também reconheço que quando fiquei grandinha, continuava a gostar que a minha mãe me ajudasse. Isto aconteceu até que um belo dia ela me disse que eu já sabia tomar conta de mim e que começava a parecer mal ela continuar a ajudar-me. Gosto muito de ser mimada... Mas nesta fase lá tive de me deixar crescer mais um bocadinho!
Voltando ao relato que estava a fazer relativamente àquela mãe que não tirava os olhos das minhas costas. Sempre que eu olhava para ela, a senhora desviava o seu olhar. De repente, deixei cair o amaciador do cabelo ao chão. A senhora prontamente se ofereceu para o apanhar e eu, rapidamente, respondi: "Não!". Fiquei chateada com a sua boa vontade, mas já em casa, quando contei à minha mãe o sucedido, ela fez-me ver que a senhora apenas tinha sido simpática e que era normal as pessoas ficarem admiradas e até mesmo impressionadas com a minha cicatriz. Disse eu à minha mãe:
- Eu não lhe pedi nada, por isso ela não tinha nada que me oferecer ajuda!
Várias vezes a minha mãe falou comigo sobre isto e passei a entender todos os olhares nada discretos que continuam a pousar sobre mim... Entendo, no entanto não gosto!
Sem comentários:
Enviar um comentário