quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A Descoberta - parte dois

   Esqueci de referir que na foto postada no post anterior sou eu que estou a saltar.
   Quando a minha mãe pediu para eu me curvar, confesso que fiquei aflita porque o seu tom de voz era mesmo de alguém que estava em choque. O que é que ela viu nas minhas costas?! - pensei eu para comigo, muito curiosa. Chamando o meu pai, disse-lhe que eu tinha a coluna torta. Antes de ver as minhas costas, ele desvalorizou o assunto, dizendo que era maluquice da minha mãe. Mas, a verdade é que quando ele viu aquilo que a minha mãe tinha visto há momentos, era mesmo uma coluna torta.
   Dizer "coluna torta" parece um tanto ou quanto esquisito, grosseiro mesmo, mas foram estas as palavras que os meus pais disseram e que efetivamente retratam aquilo que eu descobri ter nesse dia: a coluna torta.
   O medo instalou-se, primeiro na cara dos meus pais e, logo depois, também eu fiquei um pouco assustada. Quando a minha mãe me disse que algo não estava bem nas minhas costas, não liguei muito, pois já sei que a minha mãe se aflige com tudo e não demora muito a "fazer filmes" sobre... Penso que nem todas as mães são assim, mas provavelmente o maior número é! Como ouço muitas vezes dizer: "preocupação de mãe!". No entanto, eu gosto da minha mãe assim e gosto que ela se preocupe da forma como faz, eu própria afirmo que sou e serei sempre a "bebé" da mãe e do pai que gosta de atenção e de ser apaparicada.
   Voltando à descoberta: quando vi a expressão do meu pai, que é mais comedido nas suas reações, percebi realmente que a reação da minha mãe não iria dar origem a outro dos seus "filmes". Isto era mesmo real, não era ficção...
   Isto aconteceu antes do jantar, mas já não houve jantar para ninguém, o meu pai levou-me logo ao hospital, tendo a minha mãe ficado em casa com o meu irmão.

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