Às onze horas, mais coisa menos coisa, os meus pais procederam ao preenchimento de toda a papelada para eu poder ficar internada, na companhia da minha mãe, que ficaria sempre comigo. Confesso que estava um pouco - ou seria muito?? - nervosa. Estava muito nervosa e com muito receio. Desde que entrei no hospital que fui sempre muito bem tratada, todos me trataram com carinho e foram muito pacientes comigo.
Preenchida a papelada do internamento, chegou junto de nós uma enfermeira que me encaminharia para o meu quarto. Entrámos no elevador e subimos. O coração começou a bater com mais força... Estava mesmo muito nervosa, admito! Quando entrei no quarto, gostei do que vi: era um quarto acolhedor, tinha televisão, sofás, casa de banho e, claro, uma cama. O meu pai começou logo a brincar comigo e, para me pôr à vontade, mostrou-me a paisagem que se via das duas grandes janelas que tinha o quarto. Depois, brincou comigo e juntos "explorámos" a cama. Fiquei mais descontraída quando descobri um comando junto à cama e comecei a ver para que é que ele servia. Pois é, a minha cama era toda articulada - subia e descia a parte das pernas, subia e descia a parte do tronco, a cama toda descia e subia, era maravilhosa. Depois, brinquei com um outro comando que a Enfermeira me tinha mostrado e explicado para o que servia. Um dos botões era para chamar a enfermeira quando precisasse, outro era para as luzes do teto, outro para o candeeiro da cama, outro para a entrada do quarto... E, claro, o comando da televisão. Carreguei no botão e a televisão ligou...
E fiquei assim, à espera! Entretanto fui trocar de roupa e vesti uma camisa de dormir... Quanto a comer, já sabia que não podia comer nem beber nada...
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